sexta-feira, 23 de novembro de 2012

A Fotografia no Cotidiano


Turma do 4º ano da Escola Municipal Imaculada Conceição, do povoado Brejinho, em São José da Tapera

Não há como não se emocionar com o efeito que a fotografia provoca nas pessoas. Quem nunca se pegou rindo ou chorando ao vê uma foto antiga de família, amigos ou de momentos que passaram e marcaram nossas vidas?

Essa técnica de congelar o tempo em frações de segundos – que resulta em imagem – sempre surpreendeu e arrebatou gerações. E com certeza, causará impacto em outras tantas porque, por maior que seja a velocidade do tempo e os avanços tecnológicos, a fotografia nos faz humanos. Ela permite que cheguemos além. E que momentos passados, que poderiam ter sidos apagados da memória, permaneçam vivos. Por isso a fotografia marca vidas e continua encantando.

E foi exatamente esta sensação – que marca vida por memórias – que me feliz e me emocionou ao abrir o blog do projeto “A Fotografia no Cotidiano”, desenvolvido pelas professoras Jackeline Vieira e Eliane dos Santos, com a turma do 4º ano da Escola Municipal de Ensino Infantil e Fundamental Imaculada Conceição, do povoado Brejinho, em São José da Tapera. Sensação que me fez viver o que não presenciei graça ao registro fotográfico.

Quando a professora Madileide Duarte, que eu nem conhecia, me abordou solicitando as câmeras fotográficas emprestadas para desenvolver um trabalho de extensão da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), em nenhum momento hesitei em ceder os equipamentos.

Primeiro porque a proposta era bacana e segue a linha do que defendo como fotógrafo por paixão e arteducador por acidente: de que as câmeras estariam melhores em mãos de novos amantes da fotografia do que empilhadas no armário.

Depois, porque “A Fotografia no Cotidiano” tem muito do projeto que desenvolvo em comunidades alagoanas: o “Autorretrato Nordeste”. Um trabalho que visa democratizar as tecnologias e valorizar a cultura local através da fotografia.

Portanto, aos novos amantes da fotografia (Ismael da Silva Barbosa - 15 anos, Geraldo da Silva Melo - 15 anos, Jária da Silva Meneses - 9 anos, Maria Vanessa Oliveira Soares - 10 anos, Wellington do Nascimento Melo - 9 anos, Cosme Feitosa da Silva - 14 anos, Jackson da Silva Santos - 10 anos, Adeilton Teixeira de Souza - 10 anos e Elânio Monteiro do Nascimento) e as professoras Madileide Duarte, Jackeline Vieira e Eliane dos Santos, meus parabéns pela iniciativa, empenho, produção fotográfica e além de tudo por me fazer feliz em saber que há pessoas reproduzindo trabalhos tão atrativos e interessantes, tendo como pano de fundo, é claro, as artes visuais, embasadas pela fotografia.

Sigam em frente nesta ideia. Afinal, fotografia é um caminho sem volta para quem se apaixona por essa arte. Sucesso à todos!

Waldson Costa
Coord. Autorretrato Nordeste

Diante da produção dos estudantes tomei a liberdade e “pesquei” algumas imagens e frases que achei interessante para postar no Autorretrato Nordeste


“Eu gostei muito, mas que pena que acabou. Nesse tempo que fiquei com a máquina fotográfica aprendi a manusear a máquina, aprendi o quanto é importante guardar uma imagem na câmera fotográfica. No meu cotidiano que quer dizer dia a dia, mudou muito, por exemplo eu não só brincava como tirava fotografias”, Adeilton Teixeira de Souza - 10 anos



“Este projeto é muito legal, por que nós temos a oportunidade de registrar os momentos do nosso dia a dia. Bem minha mãe também achou muito legal essa oportunidade. O melhor dia para mim foi ontem (04/10/2012), por que eu saí para tirar fotos. Tirei foto de muitas coisa, e estou aproveitando muito. Fotografar é muito legal!” Cosme Feitosa da Silva - 14 anos




 Elânio Monteiro do Nascimento


 “Eu aprendi a tirar fotografia,  mexer no computador e  colocar para ver as fotos que eu tirava.Eu fotografava muitas coisas, por exemplo, quando eu ia amarrar a ovelha, colocar lavagem para os porcos e também quando fui para a Olivença” Geraldo da Silva Melo - 15 anos


 “A máquina é muito boa, é de mais, e ela é muito legal, ela tira fotos de tudo que agente quiser e ela foi inventada pelo Daguerre, tirar fotografias é das formas mais legal, e eu acho muito boa, pois vivemos no mundo da imagem” Ismael da Silva Barbosa - 15 anos


 Jackson da Silva Santos - 10 anos


 A minha fotografia não é uma coisa triste é uma coisa alegre. Só em pensar queria ter uma só para mim de verdade, mas não tenho só quero que não aconteça nada de mal com ela( a Câmera). Jária da Silva Meneses - 9 anos


 “Estas fotos me fazem lembrar de momentos mágicos que aconteceram comigo, eu era pequena era muito feliz, eu adorava tudo que me fazia rir”, Maria Vanessa Oliveira Soares - 10 anos  


“Aprendi muitas coisas, por exemplo, aprendi a mexer na máquina fotográfica, como desligar, ligar, a tirar fotos e ver as fotos, isso mudou o meu cotidiano, por que eu nunca tinha levado uma máquina para casa, para tirar muitas fotos de qualquer coisa que eu quisesse. Gostei muito de tirar fotos do meu cotidiano. A fotografia é muito importante, e lá onde eu moro também tem coisas para fotografar”. Wellington do Nascimento Melo - 9 anos

Para saber mais sobre o projeto Fotografia e Cotidiano Clique aqui!

*Os estudantes fizeram uso das câmeras digitais do projeto Autorretrato Nordeste, que foram cedidas gratuitamente. 

Um comentário:

  1. Como a fotografia é algo mágico. Não é preciso saber muito para se encantar com esse arte de eternizar momentos! Parabéns pela iniciativa. Imagino a felicidade e o "rebuliço" dessas crianças com uma máquina fotográfica na mão.

    ResponderExcluir