Fotografias clicadas por jovens indígenas representam o primeiro acervo iconográfico oficial do povo Tingui Botó
Participantes conferem seus Autorretratos
Aspectos captados, imagens reveladas, produção exposta. Após a oficina de fotografia do Autorretrato Nordeste, o povo da aldeia Tingui Botó, da cidade agrestina de Feira Grande, tem o primeiro acervo iconográfico oficial. Um conjunto com 30 fotografias impressas e mais de 500 imagens digitalizadas em DVD`s. E o melhor, é que as imagens deste povo do Nordeste foram feitas pelos jovens da própria comunidade, que durante dois dias puderam registrar aspectos da cultura milenar indígena.
Depois de conferir a exposição na escola, moradores se reúnem para vê as imagens digitalizadas
De acordo o estudante Tingui Botó, Jairã, a experiência da oficina de fotografia foi importante para comunidade primeiro porque a aldeia ainda não possuía um registro fotográfico, bem elaborado, do seu povo e da sua cultura; depois, porque os jovens tiveram a oportunidade de aprender mais sobre a arte de fotografar com equipamentos digitais.
Exposição foi montada na escola da aldeia no dia 7 de setembro; e deve ficar exposta até o final do mês.
"A experiência foi tão positiva que aqueles que não participaram da oficina acabaram se arrependendo após saberem como foi o processo. Além disso, a grande satisfação da comunidade está no registro do nosso povo. Antes não tínhamos fotografias feitas com este tipo de proposta. Agora, após finalizar a exposição as fotos seguirão para compor o acervo do museu Tingui Botó" falou Jairã.
Comunidade indígena também conta com acervo fotográfico digitalizado