Turma do 4º ano da Escola Municipal Imaculada Conceição, do povoado Brejinho, em São José da Tapera
Não há como não se emocionar
com o efeito que a fotografia provoca nas pessoas. Quem nunca se pegou rindo ou
chorando ao vê uma foto antiga de família, amigos ou de momentos que passaram e
marcaram nossas vidas?
Essa técnica de congelar o
tempo em frações de segundos – que resulta em imagem – sempre surpreendeu e
arrebatou gerações. E com certeza, causará impacto em outras tantas porque, por
maior que seja a velocidade do tempo e os avanços tecnológicos, a fotografia
nos faz humanos. Ela permite que cheguemos além. E que momentos passados, que
poderiam ter sidos apagados da memória, permaneçam vivos. Por isso a fotografia
marca vidas e continua encantando.
E foi exatamente esta
sensação – que marca vida por memórias – que me feliz e me emocionou ao abrir o
blog do projeto “A Fotografia no Cotidiano”, desenvolvido pelas professoras Jackeline
Vieira e Eliane dos Santos, com a turma do 4º ano da Escola Municipal de Ensino
Infantil e Fundamental Imaculada Conceição, do povoado Brejinho, em São José da
Tapera. Sensação que me fez viver o que não presenciei graça ao registro fotográfico.
Quando a professora Madileide
Duarte, que eu nem conhecia, me abordou solicitando as câmeras fotográficas
emprestadas para desenvolver um trabalho de extensão da Universidade Federal de
Alagoas (Ufal), em nenhum momento hesitei em ceder os equipamentos.
Primeiro porque a proposta
era bacana e segue a linha do que defendo como fotógrafo por paixão e
arteducador por acidente: de que as câmeras estariam melhores em mãos de novos
amantes da fotografia do que empilhadas no armário.
Depois, porque “A
Fotografia no Cotidiano” tem muito do projeto que desenvolvo em comunidades
alagoanas: o “Autorretrato Nordeste”. Um trabalho que visa democratizar as
tecnologias e valorizar a cultura local através da fotografia.
Portanto, aos novos amantes
da fotografia (Ismael da
Silva Barbosa - 15 anos, Geraldo da
Silva Melo - 15 anos, Jária da
Silva Meneses - 9 anos, Maria Vanessa
Oliveira Soares - 10 anos, Wellington do
Nascimento Melo - 9 anos, Cosme Feitosa
da Silva - 14 anos, Jackson da
Silva Santos - 10 anos, Adeilton
Teixeira de Souza - 10 anos e Elânio
Monteiro do Nascimento) e as professoras Madileide Duarte, Jackeline
Vieira e Eliane dos Santos, meus parabéns pela iniciativa, empenho, produção fotográfica
e além de tudo por me fazer feliz em saber que há pessoas reproduzindo
trabalhos tão atrativos e interessantes, tendo como pano de fundo, é claro, as
artes visuais, embasadas pela fotografia.
Sigam em frente nesta ideia. Afinal,
fotografia é um caminho sem volta para quem se apaixona por essa arte. Sucesso
à todos!
Waldson Costa
Coord. Autorretrato Nordeste
Diante da produção dos estudantes tomei a liberdade e “pesquei”
algumas imagens e frases que achei interessante para postar no Autorretrato
Nordeste
“Eu gostei muito, mas que pena que acabou. Nesse tempo
que fiquei com a máquina fotográfica aprendi a manusear a máquina, aprendi o
quanto é importante guardar uma imagem na câmera fotográfica. No
meu cotidiano que quer dizer dia a dia, mudou muito, por exemplo eu não só
brincava como tirava fotografias”, Adeilton
Teixeira de Souza - 10 anos
“Este projeto é muito legal, por que nós temos a
oportunidade de registrar os momentos do nosso dia a dia. Bem minha mãe também
achou muito legal essa oportunidade. O melhor dia para mim foi ontem
(04/10/2012), por que eu saí para tirar fotos. Tirei foto de muitas coisa,
e estou aproveitando muito. Fotografar é muito legal!” Cosme Feitosa
da Silva - 14 anos
Elânio
Monteiro do Nascimento
“Eu aprendi a tirar fotografia, mexer no
computador e colocar para ver as fotos que eu tirava.Eu fotografava
muitas coisas, por exemplo, quando eu ia amarrar a ovelha, colocar lavagem para
os porcos e também quando fui para a Olivença” Geraldo da
Silva Melo - 15 anos
“A máquina é muito boa, é de mais, e ela é muito
legal, ela tira fotos de tudo que agente quiser e ela foi inventada pelo
Daguerre, tirar fotografias é das formas mais legal, e eu acho muito boa, pois
vivemos no mundo da imagem” Ismael da
Silva Barbosa - 15 anos
Jackson da
Silva Santos - 10 anos
A minha fotografia não é uma coisa triste é uma coisa
alegre. Só em pensar queria ter uma só para mim de verdade, mas não tenho só
quero que não aconteça nada de mal com ela( a Câmera). Jária da
Silva Meneses - 9 anos
“Estas fotos me fazem lembrar de momentos mágicos que
aconteceram comigo, eu era pequena era muito feliz, eu adorava tudo que me
fazia rir”, Maria Vanessa
Oliveira Soares - 10 anos
“Aprendi muitas coisas, por exemplo, aprendi a mexer
na máquina fotográfica, como desligar, ligar, a tirar fotos e ver as fotos,
isso mudou o meu cotidiano, por que eu nunca tinha levado uma máquina para
casa, para tirar muitas fotos de qualquer coisa que eu quisesse. Gostei muito
de tirar fotos do meu cotidiano. A fotografia é muito importante, e lá onde eu
moro também tem coisas para fotografar”. Wellington do
Nascimento Melo - 9 anos
Para saber mais sobre o projeto Fotografia e Cotidiano Clique aqui!
*Os estudantes fizeram uso das câmeras digitais do projeto Autorretrato Nordeste, que foram cedidas gratuitamente.
Como a fotografia é algo mágico. Não é preciso saber muito para se encantar com esse arte de eternizar momentos! Parabéns pela iniciativa. Imagino a felicidade e o "rebuliço" dessas crianças com uma máquina fotográfica na mão.
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